quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Violentamente Pacífico

Pra quem acha que educação só se aprende na escola.
Pra quem acha que cultura só se vê na tv.
Pra quem acha que sua própria vida é uma merda.
Pra quem acha que o país é uma merda.

Pra você que se revolta.
Pra você que se rebela.
Pra você que é "classe merda".
Pra você que nunca viu os "guetos de Varsóvia".
Pra você que nunca viu "um ser humano ensandecido".

Violentamente pacífico!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Modelo de rádio digital do Brasil será definido até dezembro


O rádio brasileiro completou 87 anos na última sexta-feira (25) com boas perspectivas. O governo deve definir o modelo de rádio digital até dezembro. A nova tecnologia vai aumentar a qualidade do som, eliminando chiados e permitindo a multiplicação de canais e a transmissão de textos. Isso significa mais conteúdo e informação para os ouvintes. O Ministério das Comunicações escolherá entre o padrão americano, já testado, e o europeu, que será avaliado nos próximos meses.

A ideia é fortalecer a presença do rádio no cotidiano dos brasileiros. De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, em 2008, 88,9% dos lares tinham aparelhos de rádio, o que representa mais de 51 milhões de domicílios no país.

O número dá a dimensão da importância do rádio em plena era de convergência tecnológica.

Mudanças – Muito já evoluiu no rádio desde as primeiras transmissões oficiais, em 1922, quando poucas pessoas conseguiram ouvir o discurso do então presidente Epitácio Pessoa na comemoração ao Centenário da Independência. O som tinha chiados e a estrutura era rudimentar: o presidente usou um telefone alto-falante para irradiar o discurso da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, para o pavilhão onde acontecia a comemoração. Em 1923, foi inaugurada a primeira emissora de rádio no país, dirigida por Roquette-Pinto.

Nas décadas de 30 e 40, o rádio foi se estruturando e viveu a chamada época de ouro. Muitos programas que estão na memória dos brasileiros surgiram nessa época, como Repórter Esso e O Direito de Nascer, radionovela de 1951 que registrou recordes de audiência. Na música popular, nomes como Carmen Miranda, Silvio Caldas, Carlos Galhardo e Orlando Silva ganharam fama graças ao rádio. O veículo uniu o país nas transmissões das Copas do Mundo e esteve presente nos mais importantes momentos políticos. Era pelas ondas de rádio que chegavam, por exemplo, as notícias da 2ª Guerra Mundial.

Democratização - Até a criação do Código Brasileiro de Telecomunicações (CBT), em 1962, quem quisesse ter um aparelho de rádio em casa precisava pagar uma taxa ao governo para registrá-lo. O não pagamento levava o credor para a Dívida Ativa da União. O código extinguiu a cobrança e anistiou os devedores, democratizando o acesso ao rádio.

Em 1967, com o Ministério das Comunicações, nasceram muitas das políticas públicas que contribuíram para o desenvolvimento da radiodifusão no país, como a criação da radiodifusão comunitária, em 1998. O serviço representa um avanço na universalização do rádio, uma vez que atinge 60% dos municípios brasileiros.

Hoje, existem 3.819 rádios comunitárias no país, número superior ao de emissoras comerciais em FM. Essas rádios permitem às comunidades produzir conteúdo, com programação que inclui música, serviços e ofertas de emprego. Entre as beneficiárias estão comunidades quilombolas, indígenas e assentamentos agrícolas.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Curso de jornalismo científico do WFSJ agora em português

Está disponível no site da Federação Mundial dos Jornalistas Científicos - World Federation of Science Journalists - WFSJ - a versão em português do curso online de jornalismo científico.

Em oito lições escritas por especialistas, o material pode ser utilizado por jornalistas profissionais, estudantes e professores.

No mesmo site também está disponível um guia do usuário.

O curso é free, hein, pessoal!

Aproveitem! Acessem: WSFJ

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Exposição sobre a história da comunicação

A Fundação Telefônica apresenta até o dia 04 de outubro, no Museu Nacional da República, em Brasília, a exposição "Tão Longe, Tão Perto".

Trata-se de uma mostra que conduz o visitante pela história da comunicação desde seus primórdios, quando a voz humana era um dos poucos recursos possíveis. A exposição traz ainda, informações sobre os avanços tecnológicos na área das telecomunicações, e o surgimento há tempos de tecnologia que hoje nos parem novidade, como por exemplo, o videofone, já possível desde a década de 30 do último século, mas que por algum motivo não se popularizou até hoje.

Tem também a apresentação de músicas que foram influenciadas pelo tema e o bom uso que hoje podemos fazer das comunicações, principalmente, para viabilizar a educação a populações mais desassitidas.

Vale a pena conferir!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Brasileiros vão acessar internet pela tomada

Boa notícia!!

Daqui uns meses, os brasileiros já poderão acessar a rede mundial de computadores pela tomada. A medida foi aprovada pela diretoria colegiada da Aneel na última terça-feira (25), e criou as regras. A decisão vai beneficiar 63,9 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica, interligadas por mais de 90 mil quilômetros de transmissão e distribuição, com as regras para o uso da tecnologia Power Line Communications (PLC).

A efetiva implantação do sistema agora depende das empresas e distribuidores de energia, que devem apresentar os projetos. Assim que implementado, o serviço de acesso à internet e a TV por assinatura será realizado por meio da rede elétrica - já presente em quase 100% das residências do Brasil. O prestador do serviço de PLC deverá seguir os padrões técnicos da distribuidora, o disposto em Resolução da Aneel e na regulamentação de serviços de telecomunicações e de uso de radiofrequências da Anatel.

A implantação e exploração do PLC não poderão comprometer a qualidade do fornecimento de energia elétrica para os consumidores e se houver necessidade de investimento na rede, o custo será de responsabilidade da empresa de telecomunicações. O regulamento determina as condições para a utilização da infraestrutura das empresas distribuidoras de energia elétrica para implantação do sistema que permite a transmissão de dados por meio da rede de distribuição. A norma delimita o uso das redes elétricas de distribuição para fins de telecomunicações, garantindo a qualidade, confiabilidade e adequada prestação dos serviços de energia elétrica, gerando incentivos econômicos ao compartilhamento do sistema e zelando pela modicidade tarifária.

O emprego da tecnologia possibilita novos usos para as redes de distribuição de energia elétrica, sem que haja necessidade de expansão ou adequação da infraestrutura já existente.
A economia representa a redução de custos aos consumidores, que serão beneficiados com a apropriação de parte dos lucros adicionais obtidos por meio da cessão das instalações de distribuição, o que poderá baixar as tarifas.A Agência prevê que a apuração da receita obtida pelas concessionárias de energia com o aluguel dos fios para as empresas de internet será revertida para a redução de tarifas de eletricidade, nos termos de legislação específica estabelecida pela Aneel. Esse critério já é utilizado no aluguel de postes para passagem dos cabos da telefonia.

Embora seja utilizado o mesmo meio físico (as redes de distribuição de energia elétrica), a tecnologia permite o uso independente dos serviços e, portanto, a concessionária poderá também utilizar a infraestrutura do prestador de serviço de PLC para atender às suas necessidades e interesses.

Ao disponibilizar a sua rede de distribuição, a concessionária deverá dar ampla publicidade por um prazo mínimo de 60 dias para a manifestação dos interessados. A escolha do prestador do serviço deverá ser divulgada em até 90 dias após o pedido.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Brasil pleiteia arquivos da ditadura nos EUA

Notícia importante e interessante.

A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça vai pedir ao governo dos Estados Unidos que tornem públicos arquivos secretos que mencionem o Brasil e documentos oficiais que mostrem o envolvimento americano na ditadura militar brasileira.

A negociação deve ser intermediada pela mesma ONG que atuou nos processos de mesmo pedido feito pelo Chile e pela Argentina, a National Security Archive, ligada à Universidade George Washington.

Leia abaixo a íntegra da reportagem publicada no site brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD - http://www.pnud.org.br/ .

Por Dayane Sousa - da PrimaPagina

A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça vai pedir ao governo norte-americano que torne acessíveis arquivos secretos que mencionem o Brasil, processo que já foi feito pelo Chile e pela Argentina. Documentos oficiais dos Estados Unidos que mostrem seu envolvimento na ditadura militar brasileira serão requeridos para acesso público. A negociação deve ser intermediada pela mesma ONG que atuou nos dois outros países, a National Security Archive, ligada à Universidade George Washington.

Segundo o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, os brasileiros farão reuniões com a ONG já no segundo semestre de 2009. Estudos no Brasil mostram que os EUA interferiram de forma direta nas decisões do regime militar que governou o país entre 1964 e 1985, mas nunca houve uma entrega formal de documentos ou a possibilidade de torná-los públicos.

Em 2000, durante o governo de Bill Clinton, o Chile conseguiu a liberação oficial de 16 mil documentos e a Argentina, de outros 4,6 mil, que vieram de órgãos como a CIA (central de inteligência norte-americana), Casa Branca, Departamento de Estado e de Defesa. “Essas possibilidades se fecharam durante o governo Bush, mas esperamos conseguir com a administração Obama”, afirma Abrão.

Trabalhos como o do historiador carioca, Carlos Fico, autor do livro “O Grande Irmão”, apontam que militares no Brasil chegaram a negociar armas e munições com o governo norte-americano durante a instauração do golpe de 64. Abrão imagina que um acordo com os EUA possa trazer episódios inéditos para a história do Brasil. “É possível descobrir uma colaboração mais incisiva dos governos, ou um registro de perseguição a um brasileiro que colabore com o reconhecimento dessa pessoa como uma vítima da repressão”.

Além dos EUA, a Comissão de Anistia busca selar outros dois acordos internacionais até o primeiro semestre de 2009. Uma das possibilidades é formar uma comitiva com países do Cone Sul para buscar documentos na Alemanha. Abrão diz que pouco se sabe ainda sobre esses arquivos, mas que recentemente a embaixada alemã no Paraguai comunicou o país da existência de registros sobre ditaduras latino-americanas em território alemão. Segundo Abrão, o Brasil buscará incluir nas negociações o Uruguai, o Chile e a Argentina.

Outro acordo que deve ser fechado pedirá ao Paraguai registros da participação brasileira na Operação Condor, uma ação coordenada entre países da América do Sul regidos por ditaduras para reprimir esquerdistas. Documentos encontrados pelo pesquisador Martín Almada em 1992 nunca chegaram oficialmente ao Brasil.

Documentos secretos
No site do National Security Archive, estão disponíveis alguns dos documentos norte-americanos sobre a repressão no Chile e na Argentina que foram liberados em 2000. Um deles, um telegrama da embaixada no Chile a Washington, recomenda apoio ao general Pinochet independentemente das acusações de violações aos direitos humanos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ipea oferece publicações de graça


Ainda sobre o Ipea...
Não! Não estou trabalhando no Ipea. Mas quando vejo que ainda existem órgãos públicos decentes e, melhor ainda, eficientes, acho interessante publicizá-los.

Mas o fato é que o Ipea trabalha com o conceito de comunicação pública e informação pública. Bem organizado, o instituto consegue disponibilizar todo o material que consegue produzir, de acordo com seus objetivos.

Basta ver que na página do Ipea: http://www.ipea.gov.br/ – há um link sobre Agenda Pública, na qual se informa, mensalmente, os cursos que o instituto está ofertando para a sociedade. São palestras, seminários, workshops sempre com os melhores especialistas da área e, lógico, sem custo para o participante.

Caso queira ver se algum curso que te interesse, clique aqui e veja a programação para o mês de agosto: Agenda Pública – Agosto.

Outra informação muito interessante, é que todas as publicações produzidas pelo Ipea são disponibilizadas gratuitamente na página do órgão. Muitas dessas publicações são feitas pelos mais respeitados pesquisadores e especialistas na área em questão. A maioria só é possível ser adquirida fisicamente comprando direto da livraria do Ipea, devido a custos de papel, impressão e postagem. Contudo, pra quem quer ter em seu computador os mais atualizados estudos e pesquisas não só sobre economia, mas também, planejamento e política pública, desenvolvimento regional e internacional, políticas de incentivo, políticas culturais, marcos regulatórios, estudo sobre os municípios e reflexões sobre educação, saúde e qualidade de vida da população brasileira, e mais uma infinidade de coisas, até comentários socio-históricos sobre a Constituição Federal, pode acessar agora a área de Pesquisas e Publicações do site para se deleitar com o material disponível.

É isso!
Pena que nem todos os órgãos públicos sigam o mesmo caminho. Alguns não têm a menor noção do que existe em seus acervos, quanto mais oferecer a possibilidade de tornar público todo o seu material impresso.

Por isso, se você tiver notícia de algum outro órgão ou empresa que tenha como política o acesso à informação pública, mande pra cá! Assim, estaremos contribuindo por um país mais bem informado e, consequentemente, bem melhor.

Links oferecidos neste post:

Pesquisas e publicações do Ipea

Agenda Pública de cursos do Ipea

domingo, 2 de agosto de 2009

Ipea demonstra qualidade em curso para jornalistas

Pra quem leu o post aqui embaixo, semana passada o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) ofereceu o curso de economia para jornalistas.
Participei e só tenho elogios para a organização do evento.

As palestras foram muito proveitosas, informativas e quase esclarecedoras, afinal, não vai ser em uma semana que jornalistas vão aprender tudo sobre teorias, escolas e índices econômicos.
No entanto, fiquei surpreso com a qualidade das palestras proferidas.

O Ipea selecionou os cabeças do instituto para trazerem o melhor de informação aos participantes. Ao contrário de muitas apresentações que eu já vi, onde as pessoas que foram convidadas são substituídas por seus assessores, ou ainda, trazem material feito por seus estagiários (nada contra estagiário, até porque, já fui um) e acabam se perdendo durante as palestras, pois não sabem o que o próximo slide pode trazer – o curso foi lecionado pelo presidente do órgão e pelos principais diretores da casa. Uma rara oportunidade para qualquer um, porque juntar tanta gente graúda em prol de um único evento é muito difícil.

Quem não tinha noção nenhum de economia, saiu com alguma perspectiva de conhecimento. Se ler algum das 22 publicações ofertadas aos participantes (isso mesmo, o Ipea deu vinte e dois livros, todos publicados pelo órgão), com certeza obterá uma melhor visão sobre o assunto e um acúmulo de conhecimento que irá facilitar na hora de redigir matérias ou entrevistar especialistas econômicos.

Tão importante quanto aprender um pouco de economia, foi conhecer um pouco mais desse órgão que festeja seus 45 anos em 2009. O Ipea, não tão conhecido há alguns anos, demonstra hoje força, infra-estrutura e recursos humanos qualificados para realizar pesquisas com índices e critérios próprios, confiáveis, sem ter que recorrer a outros institutos, como o IBGE, por exemplo.

E por falar em índices, esse foi um dos interessantes temas apresentados. E melhor do que eu ficar falando sobre eles, sugiro que vocês entrem no blog do curso - onde poderão acessar todas as informações sobre os palestrantes e as palestras realizadas, sobre a apresentação dos índices, explicações sobre inflação e taxa de juros, sobre relações internacionais, desenvolvimento regional e ambiental, e várias outras coisas. Tudo do mais necessário para se produzir políticas públicas de qualidade e que façam efeito na melhoria de vida da população brasileira.

Espero que gostem.

Acessem :
http://cursoipeajornalistas.wordpress.com/ .

terça-feira, 21 de julho de 2009

IPEA promove curso de economia para jornalistas

Como parte das comemorações dos seus 45 anos, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) vai realizar o curso "Panorama Econômico-Social: Uma Atualização".

Trata-se de um curso de economia voltado para jornalistas, programado para os dias 27 a 30 de julho, das 19h às 22h30. As inscrições podem ser feitas até 22 de julho, e o melhor, de graça, pessoal!!

Mais informações com Adelina Lapa, no (61) 3315-5249, ou pelo e-mail: adelina.lapa@ipea.gov.br.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Presidência da República publica relatório de ações anti-crise e suas últimas atividades políticas

Desculpem a demora em escrever, mas os dias de férias têm me deixado longe do blog.

No entanto, aproveitando essa manhã chuvosa aqui em Natal, resolvi fuçar alguns sites de interesse público, como por exemplo, o da nossa Presidência da República: http://www.presidencia.gov.br/ .

Lá encontrei várias informações interessantes. Vejamos:

Essa semana foi lançada a terceira edição do caderno Destaques, cujo objetivo é relatar as medidas adotadas pelo Governo Federal para estimular a produção e o consumo e acelerar a recuperação do país diante da crise econômica internacional.

O caderno traz ainda a reunião de cúpula do G-5 com o G-8, o compromisso nacional para aperfeiçoar as condições de trabalho na cana-de-açúcar, os indicadores da recuperação do emprego, entre outros temas. Além disso, a publicação disponibiliza informações atualizadas sobre política externa, energia e democracia, além dos principais indicadores econômicos e sociais. E, por fim, o acompanhamento de diversos programas federais, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação). Essa última edição é referente aos meses de julho e agosto de 2009.
A revista aceita contribuições, críticas e sugestões via e-mail:

Leiam aqui o caderno Destaques.

Outra informação interessante é sobre o portal "Olho Vivo no dinheiro público" - da Controladoria Geral da União - http://www.cgu.gov.br/olhovivo/.

Um site que incentiva a realização do controle social nos gastos públicos. O objetivo é fazer com que o cidadão, no seu município, atue para a melhor aplicação dos recursos públicos. Dessa forma, a CGU busca sensibilizar e orientar conselheiros municipais, lideranças locais, agentes públicos municipais, professores e alunos sobre a importância da transparência na administração pública, da responsabilização e do cumprimento dos dispositivos legais.
Esse mês a instituição até lançou uma nova edição da cartilha “Olho Vivo no Dinheiro Público – Um guia para o cidadão garantir os seu direitos” - que mostra ao cidadão como acompanhar o uso dos recursos públicos em sua cidade.
No site do Olho Vivo há também um link para Publicações - com um vasto material informativo e educativo sobre Controle Social, Fundo de manutenção e desenvolvimento da Educação Básica, Desenvolvimento Agrário, Manual para agentes municipais e um monte de outras coisas.

Voltando ao Portal da Presidência, há ainda o Balanço da Agenda Social de 2008, na qual um relatório destrincha todas as ações governamentais, o enfrentamento da crise mundial, projetos, políticas públicas e outros temas.

Você pode encontrar ainda o balanço das ações do PAC, a situação de cada projeto e muitos de outros importantes temas sociais. Aproveitem!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Lula e Sarney - Parceria de longa data

Andei lendo uns jornais antigos por esses dias e olha só a foto que encontrei:


Se vocês prestarem bem atenção, a faixa que está lá no fundo da passeata (e da foto) diz: Fora Sarney! (Em 13 e 14 de março de 89, a CUT chama uma grande greve geral com a palavra de ordem pelo fim do arrocho e "Fora Sarney"). O engraçado é o comandante da tropa que pede a saída de Sarney da presidência. É o mesmo que aparece nesta bela foto, já em cores, pedindo pra ele ficar!!


É a política brasileira fazendo mais histórias...
É quase um conto de fadas, ou melhor, de demônios. Quer dizer, a Dilma falou pra "não demonizar o presidente do Senado".

Créditos:
Foto em preto e branco: Ivaldo Cavalcante
Foto colorida: Arquivo Revista Veja

domingo, 5 de julho de 2009

Ensaio sobre a cegueira


Como entendo que comunicação pública também é instrumento de exercício da cidadania (ainda mais depois da aula da professora Mônica Prado) - achei interessante compartilhar com os colegas-leitores do blog uma campanha de guerrilha muito boa, que visa sensibilizar a população com problemas relacionados à guerra, fome e pobreza. (Em resumo bem resumido, marketing de guerrilha é o nome dado a campanhas publicitária criativas e agressivas, não convencionais, com o intuito de atingir determinado objetivo com pouco gasto financeiro, geralmente utilizando-se das redes sociais, como orkut, facebook, youtube etc, e muita mobilização dos participantes).

Assistam a história do Blind Man Project:



"Em nossa sociedade de consumo, onde a super comercialização de bens e desejos de consumo é rotina, muitas pessoas não estão atentas sobre o que acontece no mundo ao nosso redor, onde muitos lutam com problemas bem mais básicos e sérios do que os nossos. Pense na África ou no Oriente próximo, por exemplo, onde milhares de pessoas morrem todos os dias em virtude da fome ou de doenças. Pense na Bósnia ou Ruanda, onde a intolerância étnica e a guerra civil acabaram com a vida de inúmeros inocentes. Estes problemas estão tão distantes que não nos tocam? Talvez. Mas isso não deveria ser assim, já que acreditamos que o futuro do nosso planeta está diretamente relacionado com a forma como tratamos uns aos outros. Nossa história, Blind Man (homem cego), irá contribuir para a luta contra a apatia, ao encorajar as pessoas a pensarem sobre o assunto e a reagirem a problemas como a fome, pobreza e violência no mundo" (Tradução do blogueiro).

sábado, 4 de julho de 2009

Museu da Corrupção - Para que ninguém se esqueça


Para quem ainda não conhece, apresento-lhes o Museu da Corrupção.
Como o próprio nome já diz, lá estão alguns dos melhores (ou maiores, como preferir) escândalos políticos brasileiros dos últimos tempos.

Como já diz um post meu aqui embaixo: "Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça!" - essa é mais uma espetacular iniciativa para enlarguecer a memória do povo.

Passeie pelo Museu, dê sua contribuição no Livro de Ouro.
Mas não antes de visitar a Pizzaria e a Agência de viagens. Há tortuosas lembranças a percorrer. Embora ainda falte muitas e muitas histórias, o Museu já está bem interessante, pois traz algumas das principais obras (e manobras) políticas desde a década de 70. E ainda permite ao internauta enviar e-mail para o seu "artista" (palhaço) preferido.

E por falar em 70, essa é a porcentagem da população que nunca foi a um museu. (De acordo com pesquisas do Ministério da Cultura, menos de 30% da população brasileira visitou um museu pelo menos uma vez na vida!).

Espero que o da Corrupção seja mais frequentado, afinal, a contribuição social dos personagens ilustres que lá estão não pode ser comparada com nenhum outro. Seria muita ousadia.

Venha contemplar algumas das mais belas arte(manhas) produzidas pelos mais velhos arteiros deste país, acesse: Museu da Corrupção.

Informação de última hora: Parece que o Sarney vai ser o patrono deste "sítio sociólogico"!! Com direito a estátua de bronze e tudo. (Mas ele tá querendo botar um parente no lugar).

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Brasil e memória curta


Acho que muitas pessoas receberam nesses últimos dias um e-mail com o homônimo assunto deste post e com o subtítulo “Trem da Alegria pega filha de Sarney”.

Pois então, mais do que revoltado o fato do nepotismo e falta de caráter (já tão comuns e costumeiros em terras brasilienses), fiquei chocado de como as manchetes se repetem, como os escândalos se repetem, como o brasileiro se repete ao longo da história política do Brasil.

A cada dia vejo que não há nada novo.
A mídia não cria nada, não investiga novos fatos. Na realidade, os fatos são reinventados, com novos nomes e novas formas de atuação. É bem verdade, que no caso do e-mail, o nome não é nada novo. Vinte e três anos depois, o mesmo Sarney continua colocando parentes (sem concurso público) para trabalhar na Casa Legislativa, como se lá fosse a casa dele. Parece que o Senado serve de escritório particular para seus próprios empregados. O pior é ver políticos defendendo a utilização de parentes em cargos de confiança, se o político “não pode confiar nos parentes, não poderá confiar em mais ninguém” (vide matéria).

Não pretendo aqui discutir política, nem as denúncias que aí estão eclodindo a cada dia. O objetivo do blog é outro. Então, vamos a ele.

Como não sabia se o arquivo sobre a matéria do “trem da alegria” era verdadeiro, embora muito interessante e esclarecedora, resolvi checar a informação (dever de todo jornalista, diplomado ou não). Pra minha pouca surpresa, encontrei no Acervo Digital da Veja. E aí chegamos.

Pra quem não sabe, a Veja criou um espaço virtual que disponibiliza a pesquisa de todas as edições já lançadas pela marca. O acervo contempla desde a primeira publicação em 11 de setembro de 1968 (quando tratou do “Grande duelo no mundo comunista”) até a edição da semana passada. Inclusive essa, que consta na edição de 14 de maio de 1986.

Tomara que com esses registros o povo comece a se lembrar mais das coisas...

Acesse: Acervo Digital Veja

Descontando todas as vertentes e posições políticas de Veja, ressalto essa grande iniciativa (que já existe há alguns meses) do grupo Abril em proporcionar acesso livre a todas as publicações da revista (pois até mesmo pra criticar, precisamos conhecer o objeto de crítica).

Considero isso um ato de comunicação pública. Veja transformou seu patrimônio privado em público, social e em fonte de dados sobre a história recente do Brasil.

Então, não perca tempo, acesse, leia, informe-se, pesquise.
Aproveite!

(Esse artigo não recebeu nenhum patrocínio da revista. Ainda! hehe. Foi feito apenas com o intuito de divulgar aos leitores uma boa iniciativa e fonte de informação. E também para que a memória dos brasileiros não seja mais assim tão curta.)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Boa notícia para os diplomados em jornalismo


A Agência Brasil divulgou ontem que 40 senadores já manifestaram apoio a um pedido de apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prevendo a exigência de diploma de curso superior em Comunicação Social para exercer a atividade de jornalista. Para a apresentação da PEC são necessárias 27 assinaturas.

De acordo com o texto da proposta, o exercício da profissão de jornalista será privativo de portador de diploma de curso superior de Comunicação Social, com habilitação em jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo Ministério da Educação. Além disso, acrescenta um parágrafo único, que torna facultativa a exigência do diploma para colaboradores.

Muito boa a iniciativa do senador Antônio Carlos Valadares do PSB de Sergipe, autor da proposta, embora o ministro do STF Gilmar Mendes já tenha declarado que não existe qualquer possibilidade do Congresso Nacional reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal.

O ministro parece que não gosta de ser contrariado!
Penso se ele seria melhor ministro ou melhor parlamentar...
“Saia às ruas ministros”, veja se ganha no voto popular!
Agora é torcer para que essa PEC saia dos apoios e vire realidade.
Depois, mobilização da classe e pressão no Congresso em prol do diploma.

Continuando no assunto...

O programa Observatório da Imprensa debateu na última terça-feira (23), na TV Cultura ou TV Brasil, “A polêmica sobre o diploma”. Ouvindo vários lados, a favor e contra, discutiu-se a qualidade do jornalismo feito hoje em nosso país e como será amanhã; a informação e a democracia (que não são sinônimas); o nivelamento abaixo de zero do jornalismo brasileiro (lembrem-se: “jornalista é igual a cozinheiro”); a questão do diploma em outros países (parece que só nós estávamos errados!); e trouxe ainda, o questionamento sobre a liberdade de expressão ser um direito constitucional para além do jornalista.

O programa contou com a presença do jornalista Mário Vitor Santos (diretor da Casa do Saber) e do professor de jornalismo Muniz Sodré (mestre em Sociologia da Informação e Comunicação e doutor em Letras). E em entrevistas gravadas, com participações mais do que especiais dos ministros-legisladores do STF Gilmar Mendes e Marco Aurélio; de Maurício Azêdo (presidente da Associação Brasileira de Imprensa); do jornalista Cai Túlio Costa; do jurista José Paulo Cavalcanti Filho (especialista em Direito da Comunicação); e do jornalista Sílio Boccanera. Todos comandados, obviamente, pelo monstro sagrado da comunicação brasileira, o professor e jornalista Alberto Dines.

Leia a resenha do programa:
A polêmica do fim do diploma – Observatório da Imprensa


Também levando em conta a diversidade de opinião e respeitando às idéias contrárias, divulgo aqui um interessante artigo à favor da decisão do Supremo e contra meus ideais universitários.

Leia:
Diploma em Jornalismo: uma exigência que interessa a quem?

terça-feira, 23 de junho de 2009

Lobão discute o fim do diploma para jornalistas na MTV


Com a pergunta-tema: “Jornalista precisa de diploma?” - o músico e apresentador Lobão promove hoje, terça-feira, às 22h30, no MTV Debate, uma discussão sobre a polêmica decisão do Supremo Tribunal Federal pelo fim da exigência do diploma para a profissão de jornalista.

Protestos contra o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista marcam segunda-feira no Rio e SP

Com bandeiras, faixas e narizes de palhaços, estudantes e jornalistas protestaram ontem (22/06), no centro do Rio e na Avenida Paulista, contra a decisão do Supremo Tribunal Federal em derrubar a exigência da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo.

Uma das faixas continha os dizeres: “Só diploma de jornalista garante qualidade da informação. É melhor para a sociedade”.

Veja matérias relacionadas:

Estudantes e jornalistas protestam no Rio

Estudantes fazem manifestação em São Paulo

Ainda sobre arquivos secretos e ditadura

Aproveitando o gancho da minha última matéria, divulgo uma reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo” deste domingo, 21 de junho, na qual revela detalhes do arquivo pessoal do militar Sebastião Curió Rodrigues de Moura, mais conhecido como major Curió, sobre a famigerada Guerrilha do Araguaia.

Os papéis e as declarações de Curió indicam que 41 integrantes da Guerrilha foram executados pelas forças militares do governo, no norte do Estado de Tocantins, entre os anos de 1972 e 1975.

O texto traz, inclusive, a lista dos nomes das 41 pessoas assassinadas pelo exército brasileiro (só para assinantes do Estadão). De acordo com Curió, dos 67 integrantes do movimento, 41 foram presos, amarrados e executados quando não ofereciam risco às tropas. Somente os adolescentes foram poupados.

Pra quem gosta de informação pública, vale conferir a matéria:


Curió abre arquivo e revela que Exército executou 41 no Araguaia


E o Senado enquanto isso...

Enquanto Senado esconde seus atos, Governo cria site com arquivos da ditadura

O atual momento no qual a mídia discute sobre atos e fatos secretos dentro do Senado Federal me fez lembrar de um interessante e importante site desenvolvido pelo Governo brasileiro recentemente, é o “Memórias Reveladas”.

O Governo Federal vem desde 2005 criando um banco de dados com informações sobre o período de ditadura (entre 1964 e 1985) para ser disponibilizado à população brasileira. Em 21 de dezembro daquele ano, documentos produzidos e recebidos pelos extintos Conselho de Segurança Nacional - CSN, Comissão Geral de Investigações - CGI e Serviço Nacional de Informações – SNI foram oficialmente repassados ao Arquivo Nacional
.

Assim, no início do mês de maio deste ano, um portal foi lançado, permitindo acesso a mapas, fotografias, folhetos, desenhos, entre outros, todo o material que se refere aos pesados anos de governo militar - quando a censura, tortura e mortes tomavam conta do país - e que estão em poder do Governo.

Visite:
www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br

Como a próprio site informa: “trata-se de fazer valer o direito à verdade e à memória”.

Na carta de apresentação redigida pela ministra Dilma Rousseff, fica claro o objetivo de proporcionar a reafirmação da democracia na política brasileira, da história e da cultura do país.

“Estamos abrindo as cortinas do passado, criando as condições para aprimorarmos a democratização do Estado e da sociedade. Possibilitando o acesso às informações sobre os fatos políticos do país reencontramos nossa história, formamos nossa identidade e damos mais um passo para construir a nação que sonhamos: democrática, plural, mais justa e livre”, finalizou a ministra.

O site se resume em um aforismo, escrito nos cantos inferiores de todas as suas páginas: “Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”.

Não só à ditadura!!
Essa frase faz bem aos ouvidos com tantos escândalos e absurdos inimagináveis dentro do Senado Federal.

Um órgão que de nada secreto poderia ter, utiliza-se de subterfúgios para publicar atos, cuja obrigatoriedade é inerente à função da respeitada Casa. Afinal, não é a Casa do Povo, como a Câmara; mas também foi eleita por ele.

Se observarmos a nossa Constituição Federal de 88, no inciso XXXIII do Artigo 5º, todas as informações devem ser prestadas no prazo da lei, “sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.

Ao meu ver, contratação de parentes, aumento de salários e criação de cargos mais do que desnecessários estão longe de ser atos que digam respeito à segurança nacional!

Afirmo que a única coisa que deve continuar secreta mesmo é o voto!
Mas para exercê-lo de forma digna, devemos atentar para nossa memória, revelar nossa memória, assim como pretende o site supracitado. Quem sabe assim o apotegma faz sentido, melhor evitar do que tentar esquecer!!

Então: “Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Jornalista é igual a cozinheiro

Pra quem é jornalista, só lamento!!

O STF acabou de derrubar a necessidade de diploma para o exercício do jornalismo.
Pior do que ter 4 anos de estudo em vão, é ser comparado a um cozinheiro, como fez o ministro Gilmar Mendes. O site do uol colocou uma matéria sobre o assunto antes do ministro Celso de Mello proferir seu voto, mas adianto que ele ainda fez pior, comparou a profissão de jornalista à de manicure, pedicure e cabelereiro!!

Só mesmo o ministro Marco Aurélio (mais uma vez voto vencido) expressou apoio aos jornalistas diplomados e ao milhares de estudantes matriculados em cursos de jornalismo nas universidades brasileiras.

O mais interessante é que a Corte alegou que os danos causados a terceiros por jornalistas não são inerentes à profissão de jornalista e não poderiam ser evitados com um diploma. Ora, quantos juizes (Nicolau dos Santos), médicos (Jorge Farah), engenheiros (Sérgio Naia), advogados (tenho uns mil vagabundos na cabeça) causaram e causam danos à sociedade mesmo sendo diplomados? O diploma evitou algum desvio moral e ético dessas pessoas?

Como o exercício do jornalismo não causa danos à sociedade?
Ninguém se lembra do caso da Escola Base? O maior caso de erro jornalístico do Brasil. Vidas foram destruídas. A família dona da escola, além de ter perdido todos os seus bens, não conseguiu arranjar sequer um emprego até hoje.
Será que a falha cometida não por um, mas vários jornalistas, na época, foi devida a uma má formação profissional ou por desvio ético e moral?

Ao meu ver, o problema alegado não se refere à formação universitária, mas sim a uma falha de construção moral e ética, a qual cada indivíduo deve ser individualmente responsável, e que não se constroi em muros de faculdades, mas sim na educação do dia a dia.

Outra alegação pífia é a de que qualquer um pode ser jornalista, de que é melhor pra sociedade ver um texto informativo sobre saúde feito diretamente por um médico do que por intermédio de um jornalista. Concordo que pra escrever, basta não ser analfabeto, mas entendo ainda que certas regras e técnicas são necessárias à nossa profissão. Senão, eu mesmo teria feito outro curso. (Ah se não fossem os bons anos de UFRN...)

Mas o que nenhum daqueles senhores se lembrou foi que até poucos anos atrás, qualquer um poderia ser advogado. Antes não era necessária uma formação jurídica para defender um cidadão perante um juízo, e a justiça andava do mesmo jeito, talvez até mais ágil. Mas aqui entra outra história.

Infelizmente, tenho que concordar que advogados são bem mais espertos do que jornalistas. Como disse um professor meu, criaram "a maior organização criminosa do Brasil", a OAB. É a única organização citada na Constituição. Tem prova para ingressar na categoria, e não muito fácil, diga-se de passagem. Não é qualquer um que consegue o registro. Há, no mínimo, uma avaliação intelectual.
Sem contar que a OAB está presente em tudo o que se refere à advocacia, legislação e judiciário. Ela tem poder! Poder de cobrar, de fiscalizar, de particiar e, principalmente, de punir seus sócios sem caráter. A OAB funciona, e muito bem.

E pro jornalista tem o quê?

Jornalista? Jornalista se julga esperto por não pagar a mensalidade do sindicato de representação da classe. Jornalista é contra a criação de um conselho de fiscalização da profissão. Jornalista é contra a regulamentação da profissão. Jornalista quer jornada de 5 horas diárias pra poder trabalhar em dois lugares diferentes, mesmo que seja defendendo opiniões diferentes também. Jornalista acha que tem opinião própria e que não escreve o que o dono da empresa jornalística quer. Jornalista não gosta de representação, de união. Acha que ganha pouco (e verdade, ganha muito pouco!), mas não tem a capacidade de se fortalecer através de representação coletiva.

Então, pro jornalista (ocupação na qual me encontro), as batatas, o nabo e outras leguminosas!
Aceite a condição de ser mais um, com diploma ou sem diploma.

Pior agora pra quem trabalha ou pretende trabalhar no setor privado.
Reserva de mercado zero!
Salários ainda mais baixos.
Carga horária ainda mais alta, mas hora extra também zero!

Agora, além de nós, dos jornalistas desempregados e dos estudantes de jornalismo (que como estagiários trabalham igual ou até mais), qualquer um pode fazer o que fazemos, lembrem-se disso!

Mas ainda há uma saída.
Acredito fielmente na qualificação como o melhor caminho.
Com diploma ou não, seja bom no que faz, dessa forma sempre haverá mercado pra quem demonstrar maior capacidade. E isso só se consegue com esforço, estudo e dedicação.

Agora, vou fritar um ovo pra ver se o faço melhor do que uma matéria.
Talvez vire um chefe de cozinha. Como disse Gilmar Mendes, também não preciso de diploma pra isso!

Marcus Bennett.

Matérias do Uol:


Gilmar Mendes compara um jornalista a um cozinheiro


STF decide que diploma de jornalismo não é obrigatório para o exercício da profissão
 
clique aqui para abrir os links em uma nova janela